sábado, 26 de julho de 2014

Aguadeiro










Quando chove na serra as plantas parecem entrar em estado de latência vegetal, é como se tirassem o dia em contemplação meditativa e neste ar úmido, das brumas beijando suas copas, se nutrissem da vitalidade do ciclo da terra.
Uma hora líquida, outra vaporizada, a água flui, abaixando o pó da estrada, formando poças ou enredando os caminhos, chegando nos rios, mergulhando no mar...
Quando precipitada parece brincar de tambor com a superfície, faz música no telhado, rola de folha em folha, dissolve-se no chão...
chove
chuvisca
chuvão
tem hora que o céu chamusca de pingo.



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