sábado, 25 de junho de 2016

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Outro caminho se abre
ainda não consigo distinguir sua paisagem
como num sonho em que as brumas impedem a claridade
ainda é cedo
quase madrugada

ainda é frio, o sol não despontou
vê-se pequenos raios rompendo o dia
devo sair? não calculo o quão frio pode estar lá fora
existe o medo, de arriscar-se com a alma nua

eis que surge o esperado
encontro desses raios luminosos
me ilumina os cabelos negros
e sorrio para o amor

e ainda é cedo
quase madrugada
de tudo ainda não esperamos nada.





Sobre fisiologias, e fenomenologias






Nuvens me abraçam.
É uma noite fria onde a lua espreita sozinha do alto céu
E gotas finas transpassam sua luz, em neblina e frescor...
É um tempo em que natureza inteira recolhe-se,
Galhos secam,
Brotos despontam nas pontas dos caules
 Como quem diz: ainda há esperança à vida.
A luz está na terra. A luz acende-se dentro.
Mantêm-se forte, acalenta o corpo,
E nutre-se desde as raízes
A diminuir as atividades
Quando há pouco estímulo lá fora.








Foto: Fonte desconhecida. Geada no sul de minas, inverno/2016