sábado, 14 de dezembro de 2013

Alucinação do ser








Quem dera
Se as palavras do poeta
Fossem o que deveras sente
A escolha se torna
Subjetivamente à maneira
De brincar de letra
De se fantasiar intuitivamente
Semeio versos de peito aberto
Na aurora do dia
Ou no obscuro da noite
Elas me despem, elas me vestem 
Me tornam contente
Saudando a vida
Brindando à morte
Sorrio e rodopio
Segurando as bordas da minha saia
Na alucinação de me ser
Transparente









Primavera, 2008.

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